A palavra ética é derivada do Grego Ethos, que
significa o modo de vida de um grupo, uma sociedade, defesa dessa maneira
própria de viver. Já a palavra moral deriva do Latim mores,
"relativo aos costumes". Enquanto uma trata de
forma genérica dos costumes de um povo, a moral trata de forma mais específica
dos costumes daquele grupo específico de pessoas. Apenas exemplificando,
podemos dizer que os brasileiros possuem um modo de vida peculiar (ética), e os
vários grupos regionais (sulista, nordestino, mineiro, etc...) têm suas
tradições arraigadas num costume próprio(danças, festas, músicas,comidas,
valores, etc...). Por isso é que um certo costume(valor) para a sociedade
sertaneja pode parecer estranho ao sulista e assim por diante. Os grupos
sociais e profissionais vivem e trabalham de maneira a seguir o que é de praxe
na sua profissão. Nós, advogados, além das tradições temos um Código de
conduta, denominada Estatuto da Advocacia ou Código de ética da Advocacia,
materializada na lei 8906/94. Seguir os parâmetros por ele estabelecidos é
fundamental para o exercício pleno da advocacia em todos os níveis. Lamentável
de se ver quando o exercício da advocacia passa a ser uma luta na defesa de
teses e direitos sem que os contendores mantenham o devido profissionalismo e
respeito mútuos. Aos advogados(as) cabe compreender que haveremos de nos encontrar
em campos opostos, casualmente, mas não devemos nos ter como opositores.
Discutem-se teses, defendem-se pontos-de-vista, mas não se pode levar tais e
quais questões para o lado pessoal, sob pena de se estar agindo contrariamente
ao estabelecido no Estatuto da Advocacia. Assim também temos visto que colegas
de profissão fazem de tudo para “captarem” clientes sob pretextos duvidosos de
falsa vitória, a preço execrável e desmoralizante. Temos de combater com vigor
hercúleo tais “profissionais”!!!
Apesar de tudo podemos afirmar que temos uma classe de
profissionais, na grande maioria, ética e moralmente empenhados em atuar com
profissionalismo. E assim desejamos que sejam. Os Tribunais de Ética e
Disciplina atuam cada vez mais no sentido de coibir os maus profissionais.
Vários podem ser os motivos dos desvios de conduta profissional, mas certamente
a formação minguada dos últimos anos e o despreparo que presenciamos dos
bacharéis são um dos tantos motivos da falta de ética de alguns. É preciso inserir-se
a referida disciplina ÉTICA nos currículos universitários! É preciso maior
rigos nas autorizações para abertura de cursos de direito, do contrário a
profissão cairá no descrédito!!
Boas férias!
Feliz Natal e ano novo!
Advogado, professor de Língua portuguesa da SEEDF, Professor
de Direito Civil e Português jurídico da CADF, Conselheiro Subseccional da
OAB/Taguatinga, Presidente da Comissão de Estágio e Exame da OAB/Taguatinga,
sócio majoritário do escritório WF Advogados Associados.